Todos sofremos. Aliás, esse é o ele comum de toda a humanidade. A forma como experienciamos esse sofrimento é que varia de pessoa para pessoa. No entanto, se olharmos para alguns dos momentos menos felizes que já ocorreram na nossa vida e na vida dos nossos próximos, verificamos que maioritariamente, quando acolhemos o sofrimento do outro somos muito mais generosos, empáticos e benevolentes do que para connosco.
Quando erramos, nos sentimos desajustados, impotentes perante as adversidades, somos muito mais críticos, intolerantes e duros para connosco próprios do que o somos para com os outros. E esta atitude potencia a depressão, a ansiedade e o stress.
Mas isto não precisa de ser assim. Existe uma forma de atenuar e alterar este tipo de comportamento. Como?
- Primeiro estando atentos às manifestações e expressões do sofrimento; tomando consciência de que estamos a sofrer.
- Depois acolhendo esse conjunto de manifestações que sentimos e evocamos como um património comum da humanidade; como comecei por referir, todos sofremos e quando tomamos verdadeira consciência desse facto, passamos a estar ligados em comunidade, deixamos de estar sós, isolados no “nosso” sofrimento, independentemente de o podermos ou não resolver.
- Finalmente, tomada a consciência e acolhendo o ele de comunidade, resta-nos a parte mais importante: olhar por nós e tratarmo-nos como o faríamos a um ente próximo, a uma criança, a alguém que nos é muito querido e a quem desejaríamos aliviar o sofrimento. Sermos compassivos connosco próprios, porque nós também contamos; também merecemos.
Não há qualquer indício de egoísmo ou narcisismo nesta atitude. Antes pelo contrário, a investigação demonstra inequivocamente que as pessoas com maior auto-compaixão conseguem estar muito mais presentes no mundo e aos outros justamente porque, estando mais atentas a si próprias, às suas próprias necessidades, conseguem perceber mais claramente onde melhor podem actuar junto do outro, estabelecendo os limites e os recursos necessários para o efeito. Somos assim muito mais úteis à comunidade. Afinal, ninguém consegue dar o que não tem para si próprio na justa medida das suas necessidades.
O programa Mindful Self-Compassion (Consciência Plena e Auto-Compaixão), é um programa empírico de recursos criado por Kristin Neff, docente e investigadora pioneira na autocompaixão e Christopher Germer, psicólogo clínico e docente universitário em Harvard, nos EUA, cujo objectivo é, ao longo de um período de oito semanas dotar os participantes de ferramentas para melhor atender à realidade do quotidiano com mais presença e benevolência, menos autocrítica, maior motivação e resiliência face às adversidades, lidando de uma forma mais sintonizada, livre e espaçosa com as emoções e relações difíceis. O programa integra práticas simples e variadas que permitem a sua aplicação no contexto da vida diária com perseverança, paciência e bondade.
Convido-vos por isso a virem tomar contacto com este programa. Faremos uma pausa de um dia num espaço revitalizante, durante o qual apresentarei as linhas principais do programa formativo em Mindful Self-Compassion, através da explicação de conceitos mas igualmente com exercícios práticos. Teremos espaço e tempo para partilhar uma refeição ligeira e todas as questões que surgirem.
Eu e a equipa da Casa de Santo António do Cardal, contamos com a vossa presença, tendo o maior prazer em vos acolher.
Dia completo com almoço incluido – €40,00
Informações através da caixa de comentário infra nesta página, em www.quintasacardal.pt ou pelo 966169650
Comments
Boa tarde, gostaria de saber se ainda têm vagas para o workshop do dia 29 de Fecereiro pfv.
Boa tarde,
Peço desculpa por não ter respondido atempadamente, mas um erro informático não detectado fez com que as mensagens não fosse ter ao destino.
Esta sessão não se realizou por questões logísticas. Caso mantenha o interesse, fique atento aos eventos que irei colocando na página para futuros workshops.
Grato pelo interesse.
X Jorge